domingo, 23 de agosto de 2009

Jesus, um perdedor.


As religiões tem o hábito (ou estratégia..) de descarregar sobre seus fiéis diversas historias, dogmas e conceitos que não fazem o menor sentido. Para que sejam minimamente aceitos são em geral revestidos de uma certa aura mística e misteriosa, o que é decisivo para que o rebanho aceite tudo aquilo sem questionar. Acrescente agora a “autenticidade por antiguidade” (passe séculos repetindo uma historia falsa e ela se transforma em verdade) e as bases de uma religião rica ($$) e poderosa estarão lançadas.

Sobre as lendas em que se baseia o cristianismo, por exemplo. Ao invés de sair por aí beijando crucifixos e contando seus pecados a um padre, pense:

1) Porque alguém onisciente, onipotente e onipresente precisaria vir à Terra para executar um plano mirabolante criado por seu pai para salvar (?) a humanidade?
2) Pense bem: porque alguém, para nos salvar, teria que morrer?
3) E, afinal, nos salvar do que mesmo?? Ah, parece que do pecado cometido por Adão (??) e que nos fez, a todos, nascer maculados, com a marca de “pecadores”, da qual só nos livraríamos no dia do juízo final. A não ser que... alguém desça do céu para reverter tudo isso e nos salvar.
4) E aí esse deus encarna, vive, prega suas idéias e quando consegue formar um grupo de seguidores e começa a ter alguma influência... vem então a mais inacreditável parte do plano: ele é traído (mas já sabia que isso ia acontecer...), deixa-se capturar, não reage, submete-se a torturas e caminha resignadamente apanhando até a cruz, onde se deixa pregar e sofre até morrer.
Para que mesmo?
5) E, muitos anos depois, um grupo religioso decide fundar uma religião baseada na vida e no sacrifício dele. Como símbolo escolhem logo a cruz, o instrumento usado para matar seu líder.
Faz algum sentido real essa fábula? Não seria mais natural que um deus todo poderoso continuasse todo poderoso na terra, liderasse um grande movimento e derrotasse os infiéis?

Olhe com atenção a charge que ilustra este post e pense um pouco.
Acho que vou fundar uma religião cujo líder será Poncio Pilatos.
Ah, esse sim, um vencedor!