segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Políticos corruptos se abraçam e agradecem a deus pelo fruto do roubo.


É daquelas coisas que causam espanto, a gente acha que já viu de tudo mas essa cena nem Dante imaginou: 3 políticos de Brasilia, da quadrilha do Sr. Arruda, são filmados dividindo maços de dinheiro e em seguida se abraçam e rezam, para agradecer a deus.
Deu vontade de vomitar.
Eu imagino a oração:

Obrigado, Senhor, por mais esse desvio de verba bem sucedido, agradecemos
por não termos sido pegos até hoje, amém.

Pois é, amém.

http://www.youtube.com/watch?v=g28Bbf9l4Tk&feature=player_embedded#

Igreja, uma atividade cheia de graças.



Em 2009 a reportagem da Folha de São Paulo abriu oficialmente uma nova igreja, em apenas 8 dias, gastando pouco menos de R$ 500,00 em taxas e emolumentos.
O detalhe é que essa igreja passou a ter isenção total de impostos.
Não paga ISS nem sequer IPTU.
Claro, zero de IR, PIS, COFINS.
Isenção total.
Não precisa nem ser uma igreja mesmo, basta dizer que é.
A isenção é extensiva aos pastores e bispos. E bispas, claro.
Enquanto isso o rebanho de ovelhas paga quase 40% de carga tributária.
Mas para qualquer um que se declare uma igreja, zero.
Evangélica, cristã, mórmon, qualquer uma.
Ah, e se o pastor (bispo, irmão) aplicar seus lucros em um fundo de investimentos ele também não paga imposto de renda sobre os rendimentos!
Qualquer isenção tributária significa que serviços públicos serão prestados sem qualquer receita em contrapartida.
Ou seja, quem paga somos nós, contribuintes de qualquer credo, incluindo nenhum.
Agora um caso em Ubatuba chama a atenção para outro absurdo: uma seita construiu em uma área de preservação ambiental um imóvel com 100 quartos dizendo tratar-se de uma igreja.
É inacreditável mas igrejas podem ser construidas em qualquer lugar.
A seita (uma dissidência direitista radical da TFP) desmatou a área,  construiu seu “Hotegreja” sem ser importunada e e quando ficou pronto – surpresa! -  resolveu vender o imóvel a uma rede americana de hoteis. E, pelo que parece, brechas nas leis vão acabar legalizando o golpe.

É preciso iniciar imediatamente uma campanha pelo cancelamento desses privilégios absurdos, concedidos fácil e livremente para qualquer igreja, seita, culto ou grupo que se denomine religioso.
 O caminho começa nas próximas eleições, é preciso apoiar candidatos que se comprometam a propor mudanças nas legislações que controlam as atividades das igrejas.
Caso contrário nós, os otários contribuintes, vamos continuar bancando – com ou sem dízimo – essa picaretagem cheia de graças.