quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Deus segundo Spinoza.

“Pára de ficar rezando e batendo o peito! O que eu quero que faças é que saias pelo mundo e desfrutes de tua vida. Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que Eu fiz para ti.

Pára de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acreditas ser a minha casa. Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nos lagos, nas praias. Aí é onde Eu vivo e aí expresso meu amor por ti.

Pára de me culpar da tua vida miserável: Eu nunca te disse que há algo mau em ti ou que eras um pecador, ou que tua sexualidade fosse algo mau. O sexo é um presente que Eu te dei e com o qual podes expressar teu amor, teu êxtase, tua alegria. Assim, não me culpes por tudo o que te fizeram crer.

Pára de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo. Se não podes me ler num amanhecer, numa paisagem, no olhar de teus amigos, nos olhos de teu filhinho... Não me encontrarás em nenhum livro! Confia em mim e deixa de me pedir. Tu vais me dizer como fazer meu trabalho?

Pára de ter tanto medo de mim. Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem te incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor.

Pára de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Se Eu te fiz... Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio. Como posso te culpar se respondes a algo que eu pus em ti? Como posso te castigar por seres como és, se Eu sou quem te fez? Crês que eu poderia criar um lugar para queimar a todos meus filhos que não se comportem bem, pelo resto da eternidade? Que tipo de Deus pode fazer isso?

Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei; essas são artimanhas para te manipular, para te controlar, que só geram culpa em ti.

Respeita teu próximo e não faças o que não queiras para ti. A única coisa que te peço é que prestes atenção a tua vida, que teu estado de alerta seja teu guia.

Esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso. Esta vida é o único que há aqui e agora, e o único que precisas.

Eu te fiz absolutamente livre. Não há prêmios nem castigos. Não há pecados nem virtudes. Ninguém leva um placar. Ninguém leva um registro. Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno. Não te poderia dizer se há algo depois desta vida, mas posso te dar um conselho. Vive como se não o houvesse. Como se esta fosse tua única oportunidade de aproveitar, de amar, de existir. Assim, se não há nada, terás aproveitado da oportunidade que te dei. E se houver, tem certeza que Eu não vou te perguntar se foste comportado ou não. Eu vou te perguntar se tu gostaste, se te divertiste... Do que mais gostaste? O que aprendeste?

Pára de crer em mim - crer é supor, adivinhar, imaginar. Eu não quero que acredites em mim. Quero que me sintas em ti. Quero que me sintas em ti quando beijas tua amada, quando agasalhas tua filhinha, quando acaricias teu cachorro, quando tomas banho no mar.

Pára de louvar-me! Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja? Me aborrece que me louvem. Me cansa que agradeçam. Tu te sentes grato? Demonstra-o cuidando de ti, de tua saúde, de tuas relações, do mundo. Te sentes olhado, surpreendido?... Expressa tua alegria! Esse é o jeito de me louvar.

Pára de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te ensinaram sobre mim. A única certeza é que tu estás aqui, que estás vivo, e que este mundo está cheio de maravilhas. Para que precisas de mais milagres? Para que tantas explicações?

Não me procures fora! Não me acharás. Procura-me dentro... aí é que estou, batendo em ti."

Baruch Spinoza

19 comentários:

  1. esse deus do baruch spinoza serve pra quê??
    me passou a impressão lineu, de ser um manual de como se tornar ateu, sem assustar ninguém na primeira aula, dá a impressão de que existe um ser lá em cima, mas ao mesmo tempo esse ser lá em cima manda - nos ficarmos com os pés BEM colados aqui na terra.
    esse baruch spinoza foi crente?

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  2. lineu! agora entendi da onde veio a inspiração para os mutantes gravarem aquela música!!!!

    DIZEM QUE SOU LOUCO, POR PENSAR ASSIM!!
    SE EU SOU MUITO LOUCO, POR PENSAR ASSIM!!
    MAS LOUCO É QUEM ME DIZ E NÃO É FELIZ, NÃO É FELIZ.

    EU JURO QUE É MELHOR, NÃO SER UM NORMAL
    SE EU POSSO PENSAR QUE DEUS SOU EU.

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  3. Não, ele não era irônico não. No fundo todos nós cremos num Deus, todos nós cremos que tudo isso não surgiu por acaso, mas tudo foi criado para nós. Ainda que vocês não creiam no Deus do cristianismo, no Deus da Bíblia, pelo menos creiam que alguém criou tudo isto ... e não foi por acaso.

    Já pensou um pai falando com o filho que tudo lhe é permitido ???

    No fundo, no fundo... não é ironia não...

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    1. Quando você diz "no fundo todos nós cremos num deus" você está me incluindo?
      Se estiver, troque por "quase todo mundo" porque o Lineuzinho aqui não só não acredita como tem certeza absoluta que deuses não existem. Não só o seu deus, que voces arrogantemente declaram ser o único, mas todos os milhares de deuses, deusas, santos e outras entidades, cada um declarado como único por seus seguidores.

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    2. Como sempre esses religiosos querendo empurrar suas idéias goela abaixo dos outros.
      Eu NÃO acredito em nenhum deus, seja o da Bíblia ou de qualquer outro sistema de crenças irracionais.

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  4. Deuses não existem... o paganismo foi instinto porque se baseia em lendas, aliás, muito fáceis de serem comprovadas por todos os historiadores do mundo. São lendas...ponto. Assim dizem todos os estudiosos e historiadores do mundo...TODOS. Hunanimidade. Já a crença em Jesus Cristo, a crença no único Deus ou o monoteísmo, é baseado numa pessoa histórica, que marcou (não por acaso)a história da humanidade e foi muito bem registrada, com uma cronologia e um conteúdo histórico jamais visto em qualquer registro não bíblico. Jesus Cristo Existiu... ponto. Afirmam 99,9 % dos historiadores. Isto é ciência e história; já os "deuses" do extinto paganismo nunca existiram, mas foram baseados em lendas ... ponto. Afirmam todos os historiadores. Isto é ciência e é definitivamente comprovado.

    Outra coisa : Os santos não são deuses (só na cabecinha de vocês que não querem estudar), pelo contrário, os santos viveram suas vidas inteirinhas dedicadas à Deus; foram homens de carne e osso que acreditavam firmemente na existência de Deus, e acreditavam firmemente na Igreja... são exemplos de vida, de dedicação ao próximo... de amor a Deus e as pessoas.

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    1. Os santos não são deuses...até morrer. Daí para a frente curam, casam, ajudam financeiramente, fazem chover e tantas outras tarefas pequenas demais para deus dar conta.
      A mitologia grega tinham uma certa semelhança, chama-os de semi-deuses.
      É tudo tão bonitinho...pena que imaginário.
      Sobre Jesus...é a sua opinião, quer acreditar em lendas...que acredite.

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  5. Lineu... ou você está jogando para a torcida ou não conhece o assunto mesmo. Sobre Jesus, não é minha opinião... é estudo comprovado que Jesus Cristo realmente existiu no tempo e no espaço... Jesus é lenda só na sua cabeça de ateu radical.
    Lenda é imaginar que todo o universo e o mundo surgiram do acaso ...

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    1. O Jesus histórico, como voce sabe, é tênue e cientificamente difícil de defender, o que não é prova de que não tenha existido de verdade, isso talvez nunca venhamos a saber. O mais provavel, na minha modesta opinião, é que tenha existido e suas historias tenham sido inventadas, forjadas e aumentadas 30 anos depois de sua morte, quando seus seguidores resolveram registrar as lendas nos chamados evangelhos. Nada do que é contado na biblia pode ser comprovado fora dela.

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  6. "30 anos depois de sua morte..."

    É muito engraçado... hoje em dia o ateu fala em "30 anos", já no século 19 os ateus juravam que havia um intervalo de 200 anos. É ... os ateus estão evoluindo junto com a ciência... que ótimo !

    "Nada do que é contado na biblia pode ser comprovado fora dela"...

    Quá, quá, quá !!! Conta outra, Lineu !! Por essa sua ótica, então, noventa por cento da história geral da humanidade jamais pode ser comprovada. Quá, quá, quá, Lineu... quá, quá, quá !!
    .

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    1. Fernando, seus quá-quás foram meio ridículos, sinto dizer.
      Vou repetir: nada do que é contado na bíblia pode ser comprovado fora dela.
      Entendeu ou quer que eu desenhe?
      Não estou me referindo às citações historicas (lugares, reis, governantes) pois tal seria se seus autores nem isso acertassem.
      Estou falando das lendas: a estória de Jesus, seus "milagres", etc.

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    2. E eu citei 30 anos porque (me corrija se eu estiver errado) essa é a idade do evangelho mais próximo da época de Jesus, foi ali que começou a lorota toda. Mas ao longo dos anos e séculos a "legitimidade por antiguidade" se encarregou de transformar - aos olhos dos ingenuos - aquelas lendinhas todas em "realidade".

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  7. "...nada do que é contado na bíblia pode ser comprovado fora dela...estou falando das lendas: a estória de Jesus, seus 'milagres', etc."

    É claro que naquela época não havia como fotografar e nem filmar os portentos de Jesus. Causam certa dificuldade à fé do homem moderno os milagres em geral e, especialmente, os milagres de Jesus. A crítica dos Evangelhos vem tentando explicá-los ou como relatos de ficção ou como fenômenos parapsicológicos, negando a sua realidade transcendental. - Ora, quem lê os Evangelhos tem a impressão de que os milagres têm grande importância na missão de Jesus, porque Jesus os tem como sinais da sua messianidade e divindade.

    Há muitas formas de estudos, hoje, que provam que os relatos dos Evangelhos não foram forjados. Por exemplo: No Evangelho de Mateus 12,27s, vemos : "Diz Jesus : Se eu expulso os demônios por Beelzebu, por quem os expulsam os vossos adeptos ? Mas, se é pelo espírito de Deus que expulso os demônios, o Reino de Deus chegou até vós".

    Este texto dá a ver que os judeus reconheciam a atividade de Jesus como exorcista (pois a atribuíam a ação remota do príncipe dos demônios); não negavam as ações milagrosas de Cristo; apenas questionavam a procedência ou a origem do poder de Jesus. - A referência a Beelzebu, por parte dos judeus, É SINAL DE ANTIGUIDADE E GENUINIDADE DESSE EPISÓDIO, pois é de crer que, se os discípulos tivessem inventado, forjado tal relato, não teriam sugerido a possibilidade de Jesus estar agindo em nome do príncipe dos demônios
    De fato, sabemos que os judeus detestavam Jesus e faziam de tudo para matá-lo e matar seus seguidores. Os judeus queriam esquecer Jesus, apagá-lo da história, riscá-lo do mapa. Pois bem, os judeus posteriores a Cristo deixaram-nos o TALMUD, coletânea de leis e comentários históricos devidos aos rabinos. Apresentam-nos passagens referentes a Jesus. O valor de tais testemunhos está em que. embora se oponham à tradição cristã, NÃO NEGAM A EXISTÊNCIA DE CRISTO, mas procuram interpretá-la de maneira a ridicularizar os fundamentos da fé cristã (quem se daria ao trabalho de desfigurar um personagem lendário ?). O Tratado Sanhedrin 43a do Talmud da Babilônia refere :

    "Na véspera de Páscoa suspenderam a uma haste Jesus de Nazaré. Durante quarenta dias um arauto, à frente dele, clamava : 'Merece ser lapidado' porque EXERCEU A MAGIA (ou seja, fez milagres, atos maravilhosos), seduziu Israel e o levou à rebelião. Quem tiver algo para o justificar, venha proferi-lo! Nada, porém, se encontrou que o justificasse; então suspenderam-no á haste na véspera de Páscoa".

    Jesus começou a verberar as cidades onde havia feito a maior parte dos seus milagres por não se terem arrependido (Mateus 11,20-24). Jesus se queixa da incredulidade das cidades onde Ele mais milagres havia feito. Em tais dizeres, ENCONTRAM-SE ELEMENTOS ARCAICOS : assim DÝNAMIS, vocábulo que o português traduz por "MILAGRE", mas que significa "FORÇA, PODER"; é o designativo MAIS ANTIGO dos portentos de Jesus. - A menção da cidade de Corozaim é outro INDÍCIO DE ANTIGUIDADE DO TEXTO OU INDÍCIO DE QUE NÃO FORAM OS ANTIGOS CRISTÃOS QUE CRIARAM TAIS DIZERES E OS ATRIBUÍRAM A JESUS, pois Corozaim não é mencionada em nenhuma outra seção do Novo Testamento.

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  8. Se Jesus não tivesse realizado milagres, não se explicaria o entusiasmo do povo e dos discípulos, entusiasmo esse que sobreviveu à morte violentíssima e cruel de Jesus na cruz, a ponto dos cristãos darem suas próprias vidas em sacrifício. Com efeito, a pregação de Jesus não era apta a suscitar fácil entusiasmo : ao povo dominado pelos estrangeiros, Jesus ensinava o amor aos inimigos (Mt 5,43); proibia o divórcio, que era habitual em Israel (Mc 10,5-12); incutia a abnegação e a renúncia (Mt 16, 24-26)... Dificilmente um tal pregador teria sido endeusado se não houvesse REALIZADO SINAIS que se impusessem aos discípulos. Ao contrário, se admitimos a historicidade dos milagres de Jesus, compreendemos o fascínio exercido por Ele... é simplesmente impossível que as comunidades cristãs tenham inventado um messias do tipo de Jesus. Não cabia na mente deles o conceito de Deus feito homem, e ainda por cima homem crucificado... um Deus que foi trucidado pelos próprios homens... jamais isso caberia na mentalidade deles. Os judeus, através dos séculos, tendiam a exaltar cada vez mais a transcendência de Deus, distanciando-o dos homens; a mentalidade cristã é a de um Deus bem próximo, que se faz um de nós... isto jamais poderia ser fruto de comunidades cristãs que viveram 30 anos depois de Cristo.
    A ciência ateísta e racionalista do século 19 apregoava aos quatro ventos que a distância entre os e
    Evangelhos e a pregação de Jesus era de 2 séculos (200 anos), depois, com a descoberta do fragmento do evangelho de Marcos, nas grutas de Qumran, caiu para 50 anos e depois para trinta.. e agora, dizem os especialistas, talvez não chegue a pouco mais de vinte anos. Por esse tempo, o apóstolo mais novo dos doze, João (autor do quarto evangelho) ainda estava vivo e parece que não contestou nada do que foi escrito. Isso só mostra que a fé cristã não está baseada em ficções e fantasias dos antigos.
    Os críticos aplicam cinco critérios de historicidade para verificar a autenticidade de algum segmento do Evangelho: Critério de múltiplo testemunho, critério de descontinuidade, critério de conformidade, critério de explicação necessária e critério do estilo de Jesus. Estes cinco critérios, aplicados pelos críticos aos milagres de Jesus, levam a concluir em favor da autenticidade histórica dos mesmos.
    Também é muito útil comparar o texto dos Evangelhos, simples e equilibrado, com os relatos de milagres ocorrentes na antiga literatura pagã. Eles diferem profundamente das narrações evangélicas tanto pelo conteúdo como pela forma.
    Sem os milagres, não se entenderia a projeção de Jesus no seu tempo e nos séculos subsequentes.

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  9. não entra na minha cabeça um ser tão poderoso não consegue curar miopia e alopecia hereditária, as doenças mais escandalosas de todas as corjas cristãs, padres, pastores, bispos, missionários, não sei se vocês conhecem o david miranda da igreja deus é amor aqui em são paulo?? o óculos dele deve pesar meia tonelada!! k k k k k k k k k k k.
    eita deus poderoso!!

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  10. Já era para você ter entendido ...

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    1. A bobageira cristã não é para ser entendida e sim seguida bovinamente.

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